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Amrita Sher-Gil (Budapeste, 30 de janeiro de 1913 — Lahore, 5 de dezembro de 1941) foi uma artista e pintora indiana, uma das mais importantes artistas da Índia do século XX. Por causa de sua vida e obra, ela é às vezes conhecida como a 'Frida Kahlo da Índia'. Amrita nasceu em 1913, filha de um Sikh do Punjabi em uma mãe judia húngara, em Budapeste. Seu pai, Umrao Singh Sher-Gil Majithia, era um aristocrata sikh e especialista em sânscrito e língua persa. Sua mãe era Marie Antoniette Gottesmann, uma cantora de ópera. Sua mãe visitou a Índia como dama de companhia da princesa Bamba Sutherland, neta do marajá Ranjit Singh. Amrita era a mais velha de duas irmãs. Sua irmã mais nova era Indira Sundaram, nascida em março de 1914, mãe da artista contemporânea Vivan Sundaram. Boa parte de sua infância foi passada em Budapeste, onde teve aulas com seu tio, que a guiou no caminho das artes. Em 1921, a família mudou-se para Shimla, na Índia, onde começou a ter aulas de piano e violino e aos 9 anos, junto de sua irmã mais nova, começaram a dar consertos e a atuar em peças no Teatro Gaiety, em Shimla. Apesar de pintar desde os 5 anos, Amrita só começou a ter aulas formais de pintura aos 8 anos, com Major Whitmarsh e depois com Beven Pateman. Em 1923, sua mãe Marie conheceu um escultor italiano que morava em Shimla na época. Em 1924, quando ele retornou à Itália, Marie se mudou para lá com Amrita e a matriculou na Santa Annunziata, escola de arte em Florença. Apesar de Amrita não ter ficado muito tempo na escola e ter retornado à Índia no mesmo ano, foi lá que ela teve contato com os trabalhos dos mestres italianos. Aos 16 anos, Amrita viajou de trem pela Europa com sua mãe, para estudar pintura em Paris, primeiro Académie de la Grande Chaumière, com Pierre Vaillant e Lucien Simon, e depois na École des Beaux-Arts (1930–34). Suas grandes inspirações foram Paul Cézanne e Paul Gauguin. Suas primeiras pinturas mostram uma significativa influência das técnicas ocidentais, especialmente aquelas praticadas pelos círculos boêmios de Paris no começo dos anos 1930. Com seu quadro Young Girls, de 1932, ela foi descoberta pelo círculo artístico e foi selecionada para expôr trabalhos no Grande Salão de Paris, em 1933, o membro mais novo já selecionado para uma exposição do grande salão e a única asiática a receber tamanho reconhecimento. Em 1934, Amrita começou a sentir saudade de casa. Ela então iniciou uma busca para redescobrir as tradições indianas na arte. Em maio de 1935, ela conheceu o jornalista britânico, Malcolm Muggeridge, que trabalhava como editor assistente e escritor no jornal The Calcutta Statesman. O casal logo iniciou um romance, que resultou em um quadro de seu namorado, hoje na Galeria Nacional de Nova Deli. Por volta de setembro do mesmo ano, Marlcolm retornou à Inglaterra para um novo emprego. No ano seguinte, ela retomou sua busca pelas raízes indianas na arte, encorajada pelo crítico de arte e colecionador Karl Khandalavala. Amrita ficou profundamente impressionada e foi influenciada pelas escolas de pintura do Império Mogol e do povo Pahari e pelas pinturas das Grutas de Ajanta. Em 1937, ela viajou pelo sul da Índia e produziu sua famosa trilogia de pinturas, Bride's Toilet, Brahmacharis e South Indian Villagers Going to Market, após visitar as grutas de Ajanta, passando então a retomar o estilo clássico de pintura indiana. Estes quadros revelam um apaixonado senso de cores e empatia pelos temas indianos, muitas vezes retratados pelo ocidente em pobreza e miséria. Por volta desta época, Amrita encontrou sua paixão e sua missão como artística, que era a de retratar a vida do povo indiano através das telas. É neste momento em que sua pintura se distingue de seus trabalhos iniciais. Assim ela disse à uma amiga: Em 1938, Amrita casou-se com seu primo húngaro e médico Victor Egan, que se mudara para a Índia para morar com sua família paterna em Saraya, no Gorakhpur, Uttar Pradesh. Aqui inicia-se a segunda fase de sua pintura, com efeitos que impactaram a arte indiana, com a aprovação de artistas como Rabindranath Tagore e Jamini Roy. O assim chamado "Grupo de Calcutá", formado em 1943, composto por artistas de várias áreas, transformou o cenário artístico do país e Amrita foi uma forte influência dentro do grupo e nas pinturas dos Tagores, Rabindranath e Abanindranath, pioneiros nas Escola Bengalesa de Arte. Os retratos de Amrita de mulheres indianas podem ser vistos em trabalhos dos Tagores, com suas cores vibrantes. Amrita queria retratar aqueles que não podiam ser vistos, aqueles que eram ignorados pelos grandes círculos artísticos. Ela queria retratar os pobres, os doentes, e suas pinturas são uma profunda reflexão a respeito de sua condição. Ela também se interessava por Gandhi, sua vida e sua filosofia. Apesar de sua família ser intimamente relacionada com o Raj Britânico, Amrita era uma simpatizante do Partido do Congresso Nacional Indiano, ligado ao movimento de independência.
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