|
Gérard de Lairesse , mas em 1664 teve de fugir de sua cidade por causa de uma questão amorosa com final litigioso. Instalou-se em Utrecht, e ali foi descoberto pelo marchand de arte Gerrit van Uylenburgh , e transferiu-se para Amsterdam, em 1667. Foi nessa época, aos 26 anos de idade, que posou para um famoso retrato de Rembrandt, atualmente exposto no Museu Metropolitano de Nova York. Lairesse aparece enfermiço, com o nariz disforme, e com fortes sinais de uma sífilis congênita. Não obstante sua delicada saúde, chegou a viver 70 anos. A arte de Lairesse evoluiu do estilo de Rembrandt, mais natural e com destaque para a textura; criava um classicismo oposto da tradição holandesa e mais próximo da pujante pintura da corte francesa. Na verdade, Lairesse contribuiu para a internização do gosto francês na Holanda. Foi apelidado de Poussin holandês, e também foi comparado com Rafael Sanzio. Produziu em sua maioria pinturas de grandes formatos para edifícios públicos e mansões, tanto quadros como painéis para tetos que recriam a pintura do afresco. Seus temas recorrentes são mitologias e alegorias, embora também tenha também se dedicado a temas bíblicos, ainda que dentro da mesma estética artificiosa e monumental. Seu estilo parece ter nascido dos múltiplos artistas italianos e franceses de uma geração anterior, como Poussin, Salvator Rosa (1615-1673), Giovanni Benedetto Castiglione (1609-1664) e Carlo Maratta (1625-1713), e se liga ainda mais com os seus contemporâneos tais como Charles Le Brun (1619-1690) e Sebastiano Ricci (1659-1734). Podemos mencionar obras como A Alegoria dos cinco sentidos, de 1668 (Glasgow), Alegoría da liberdade do Comércio (Haia, Palácio da Paz), Venus apresentando as armas a Eneias (Amberes, Museu Mayer van der Bergh), Hermes e Calypso (Museu de Arte de Cleveland) e O banquete de Cleopatra (Rijksmuseum de Amsterdam). Embora Lairesse tivesse pintado com grande domínio, não teve a mesma destreza no trato com as cores como no desenho: introduziu tons metálicos por meio de uma pincelada polida, criando contrastes um tanto desagradáveis. Seus trabalhos como gravador foram melhor estimados. Podemos citar alguns água-fortes como A Rainha Semíramis caçando leões, O Sacrifício de Ifigênia (1667) ... Muitos desenhos foram inclusos no livro Opus Elegantissimum, editado por Gerard Valck (1651-1726). Esta recompilação reunia tanto gravuras originais de Lairesse como outras baseadas em seus desenhos. Além disso, Lairesse criou também ilustrações para obras de anatomia, e desenhou decorações teatrais. O Museu Britânico de Londres possui algumas de suas gravuras, que todavia são relativamente abundantes no mercado. De Lairesse também: Em 1690 Lairesse foi vítima da cegueira, e a partir de então dedicou-se à teoria artística. Seus escritos foram recompilados nos livros Fundación del dibujo (1701) e El gran libro de la pintura (1707). Radicado em Haia desde 1684, faleceu na mesma cidade em junho de 1711 e foi sepultado em 28 de Julho do mesmo ano. Dentre seus alunos, podemos citar reconhecidamente Jan van Mieris (1660-1690), Louis Fabricius Dubourg (1693-1775), Ottmar Elliger, O Jovem (1666-1735), Krzysztof Lubieniecki (1659-1729), Jan Hoogzaat (1654-1712) e Zacharias Webber, O Jovem (1644-1696). Os seus tratados sobre pintura e desenho, Grondlegginge der teekenkonst (1701) e Het groot schilderboeck (1707), exerceram grande influência sobre os pintores posteriores como Jacob de Wit (1695-1754). Ele também trabalhou com muitos artistas estabelecidos da sua época com empreendimentos mais ousados para decoração de casas e publicações. Ele atraiu muitos alunos, dentre os quais podemos incluir também Jan van Mieris (1660-1690), Simon van der Does (1653-1738), e os irmãos Teodor (1654-1718) e Krzysztof Lubieniecki (1659-1729). Segundo Arnold Houbraken (1660-1719, Jan Hoogzaat (1654-1730) foi um de seus melhores alunos.
Mais... |
Loading Gérard De Lairesse biography....
| |