|
Eugène-Samuel-Auguste Fromentin foi um pintor e escritor francês. Filho de Françoise-Jenny Billotte (1797-1867) e do médico e pintor amador Pierre-Samuel-Toussaint Fromentin (1786-1867), Eugène Fromentin foi um aluno brilhante no liceu. Em novembro de 1839 foi para Paris onde se formou em Direito em 1843. É então que o seu pai o autoriza a entrar no atelier do pintor Jean-Charles Rémond, onde esteve pouco tempo, trocando-o pelo de Louis-Nicolas Cabat, um pintor especializado em paisagens. Em 1846, sem o conhecimento da sua família, visitou a Argélia com amigos, onde encheu os seus cadernos de esboços com pasiagens e habitantes do Norte de África. Foi um dos primeiros do meio artístico parisiense a fazer desses temas os seus prediletos. Como Théophile Gautier, tinha ficado muito impressionado pelos trabalhos apresentados por Prosper Marilhat no Salon de 1844. Fromentin apresentou no Salon de Paris de 1847 três quadros que foram admitidos por unanimidade: Ferme aux environs de La Rochelle ("Quinta nos arredores de La Rochelle"), Mosquée près d'Alger ("Mesquita perto de Argel") e Gorges de la Chiffa ("Gargantas de la Chiffa]]"). Na exposição de 1849 apresentou quatro quadros, entre os quais uma segunda versão de Femmes de Argel ("Mulheres de Argel"), que obtém um "prémio de segunda classe". Nas edições de 1850 e 1857 apresentou onze quadros e participou regularmente em todas as edições entre 1859 (ano em que ganhou um prémio de primeira classe) e 1869, e depois nas de 1872 e 1876. Em 18 de maio de 1852 casou com Marie Cavellet de Beaumont, com quem empreende a segunda das três viagens que fez à Argélia no final desse mesmo ano. Uma missão arqueológica dá-lhe a ocasião de aprofundar os seu estudo minucioso das paisagens e esboços argelinos. Ao regressar, as suas notas permitiram-lhe dar às suas pinturas uma exatidão realista. Dum certo ponto de vista, os seus trabalhos têm tanto de arte como de contribuição para a etnologia. O estilo de Fromentin foi muito influenciado por Eugène Delacroix. As suas obras distinguem-se pela sua composição impressionante, pela destreza na utilização de cores brilhantes. Elas traduzem a grandeza inconsciente das atitudes bárbaras e animais. Por conseguinte, os seus trabalhos foram marcados pela fadiga e esgotamento. A pintura de Fromentin é apenas uma das facetas do seu génio, que também se manifestou na literatura, embora de forma menos profusa. Em 1854, publicou Un été dans le Sahara ("Um verão no Saara") na Revue de Paris entre junho e dezembro, o que fez com que fosse eleito membro correspondente da Academia de Letras, Ciências e Artes de La Rochelle. Em 1856, encorajado pelas críticas elogiosas, publicou L'Artiste ("O Artista") e empreendeu a redação de Une année dans le Sahel ("Um ano no Sahel"), cuja primeira parte se intitula "Argel, fragmentos dum diário de viagem". A Revue des deux Mondes retomou a publicação entre novembro e dezembro de 1858 sob o título Une année dans le Sahel, journal d'un absent ("Um anps no Sahel, diário dum ausente"). Inspirado por um edílio da sua adolescência, Dominique, dedicado a George Sand, foi publicado na Revue des deux Mondes entre 15 de abril e 15 de maio de 1862; é considerado um dos romances autobiográficos mais notáveis do século XIX. No dia 8 de junho de 1876 a sua candidatura à Academia Francesa foi chumbada por doze votos contra vinte e um a favor de Charles Blanc. No mesmo ano, depois de uma doença de alguns dias, morreu na sua casa de campo em Saint Maurice, um arrabalde de La Rochelle, a 27 de agosto.
Mais... |
Loading Eugene Fromentin biography....
| |